Selecione as melhores questões em nosso banco de atividades
1
Pesquise diretamente pela barra de busca abaixo ou filtre as questões escolhendo segmento, disciplina, assunto, tipo de avaliação, ano e/ou competência.
2
Clique no botão [+] abaixo da questão que deseja adicionar a sua prova, ou arraste a questão para o organizador de prova.
3
Use a aba do organizador para excluir ou adicionar as questões de nosso banco para a sua prova.
4
Quando estiver satisfeito com montagem realizada, clique em “Prévia da prova” para visualizar sua prova completa.
5
Se quiser retornar para editar algo clique em “Editar prova”. Caso esteja satisfeito, insira seu nome e e-mail nos campos e clique em “ Finalizar”.
6
Basta acessar os links da prova e gabarito que serão exibidos!
Leia os excertos abaixo para responder à questão.
I
“You say you’ll change the constitution/ well you know/ we all want to change your head/ you tell me it’s institution/ well you know/ you better free your mind instead”
Revolutions, Beatles. IN. www.vagalume.com.br/the-beatles/revolution. Html
II
“[O homem] se apegou [à minoridade] e é então incapaz de se servir de seu entendimento, pois não deixam que ele o experimente jamais”.
KANT, E. Resposta à pergunta: O que é o Iluminismo.IN.www.lusosofia.net/textos/Kant_o_iluminismo_1784pdf.
III
“(...) O Iluminismo pretendeu destruir a autoridade da tradição. (...) Não deveríamos aceitar a ideia do Iluminismo de que o mundo deveria se desvencilhar por completo da tradição”.
GIDDENS, A. Mundo em Descontrole. O que a globalização está fazendo de nós. 8ª ed., Rio de Janeiro/ São Paulo: Editora Record, 2011, p. 54.
A Relacione cada um dos três excertos à época em que foi escrito.
B Aponte o que as três afirmações têm em comum.
A Resposta:
Revolutions é uma canção dos Beatles cuja letra foi escrita por John Lennon ao final dos anos 1960, depois de uma meditação que fez na Índia. Preocupado com as questões políticas e sociais que advinham do movimento estudantil na França, da Guerra do Vietnã e da morte do líder negro Martin Luther King e cansado da imagem de “paz e amor” relacionada ao sucesso dos Beatles, Lennon escreve esta letra. Nela, aparece a preocupação com as questões acima relacionadas, mas principalmente, a importância da liberdade para pensar e agir. Há aí um protesto contra as ideologias, tanto de direita quanto de esquerda, que podem impedir o surgimento da liberdade para pensar e agir e, portanto, impedir as “revoluções”.
O fragmento de Kant também mostra a importância da liberdade para pensar e as amarras que obstaculizam esta liberdade no século XVIII. O Iluminismo foi um movimento cultural da época que se opunha ao pensamento conservador do absolutismo monárquico e da Igreja.
Giddens pensa na contracorrente de Lennon e de Kant, afirmando que a conquista da liberdade não se faz pela negação da tradição como queriam os iluministas. Para o autor, as tradições estão presentes em todas as sociedades e são formuladas pelos homens, na vida social, a cada tempo histórico e não anulam as mudanças.
Grade de pontuação: 100% - focaliza a época (que não se restringe ao século, mas faz referência geral ao contexto, como na resposta acima) dos três excertos; 75% - focaliza a época de dois excertos; 50% - focaliza a época de um excerto; 25% - focaliza apenas o século e/ou ano dos três excertos; Zero – não responde a nenhuma das alternativas anteriores ou não responde a questão.
B Resposta: O que há de comum entre os três textos é a questão da liberdade, principalmente a liberdade de pensamento, as mudanças e as revoluções Vale ressaltar que Giddens discorda dos outros autores, uma vez que para ele a conquista de mudanças, de liberdade, não implica necessariamente rompimento com as tradições.
Grade de pontuação: 100%- Aponta a liberdade de pensamento, as mudanças, as revoluções como ponto comum, justifica a resposta, e aponta também a diferença de Giddens em relação aos outros dois autores. 75%- aponta a liberdade de pensamento, as mudanças, as revoluções, como ponto comum, justificando a resposta, mas não faz a distinção feita por Giddens. 50%- aponta a liberdade de pensamento, as mudanças, as revoluções sem justificar a resposta e não fez a distinção de Giddens. 25%- aponta liberdade de pensamento em apenas um dos fragmentos sem relacioná-lo aos demais ou faz referência à questão central de forma indireta. Zero- não consegue encontrar ponto comum em nenhum ou não responde.
Texto 1
***
Texto 2
Você acha que o Brasil é um Estado laico?
Dizer que um Estado ou país é laico significa que as suas regras, leis e instituições públicas não podem ser estabelecidas - e nem que o Estado ou país pode ser governado - com base em determinada religião ou credo. Ou seja, em um Estado laico, os dogmas, crenças e doutrinas religiosas não podem ser utilizados como fundamento para determinar como a nação será conduzida e administrada.
Dessa forma, quando a Constituição Federal brasileira de 1988 ("CF/88"), instrumento que representa o conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento do nosso país, declara, em seu art. 5º, inciso "VI", que todas as pessoas são iguais perante a lei e que é inviolável a liberdade de consciência e de crença dessas pessoas, sendo desta forma assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e sendo garantida a proteção aos locais de culto e a suas liturgias, ela está declarando que o Brasil é um país laico.
Indo ainda mais além, a CF/88, no seu art. 19, inciso "I", veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabeleçam ou custeiem cultos religiosos ou igrejas, que dificultem o seu funcionamento ou até mesmo que mantenham com eles, ou com os seus representantes, relações de dependência ou aliança, fazendo apenas ressalva aos casos de colaboração de interesse público.
Temos, assim, por determinação constitucional, não apenas a nossa liberdade de escolher em que vamos crer, qual culto, religião, ou crença pretendemos seguir, como temos também a perspectiva de escolher não crer ou de não seguir nenhum deles.
Felipe Costa Rodrigues Neves, Maria Clara Seixas e Maria Paes Barreto de Araujo. Você acha que o Brasil é um Estado laico? Publicado 12/04/2019 em https://www.migalhas.com.br/. Adaptado.
Texto 3
A Laicidade e o Conservadorismo
A laicidade é um dos pilares do Estado Moderno. O argumento laico está no cerne do pensamento iluminista, e, consequentemente, em todos os processos que caracterizaram as revoluções liberais que marcaram o final do século XVIII e início do século XIX. Da mesma forma, o conservadorismo moderno tem suas origens na mesma época, mais especificamente a partir da obra do autor britânico Edmund Burke e sua crítica ao Iluminismo e às Revoluções Burguesas. Portanto, laicidade e conservadorismo são conceitos que possuem matrizes teóricas e políticas antagônicas, porém imbricadas.
Com efeito, os conteúdos da laicidade e do conservadorismo só podem ser entendidos em um longo processo histórico. Assim sendo, a laicização do Estado foi proclamada para retirar o monopólio da verdade da Igreja, no processo de construção moderna da sociedade democrática. A laicidade torna-se um princípio da construção da democracia. Já o conservadorismo, nesse contexto, era um estilo de pensamento que articulava as posições contrárias às mudanças impostas pelo Estado Moderno.
Dessa forma, enquanto discurso e prática, a laicidade estava ligada à ampla ideia de democratização. Já o conservadorismo associava-se a ideias autoritárias e antidemocráticas.
José Antonio Sepulveda. A Laicidade e o Conservadorismo. Publicado em Observatório da Laicidade na Educação (http://ole.uff.br/). Adaptado.
***
Texto 4
Laicidade à brasileira Católicos, pentecostais e laicos em disputa na esfera pública
A laicidade estatal no Brasil não somente não dispõe de força normativa e ascendência cultural para promover a secularização da sociedade e para assegurar sua própria reprodução, como tem sido acuada pelo avanço de grupos católicos e evangélicos politicamente organizados e mobilizados para intervir na esfera pública. Dotadas de elevado poder religioso, econômico, midiático e político, tais instituições religiosas, na avaliação do sociólogo Antonio Flávio Pierucci, “gozam de situação legal francamente privilegiada” e conseguem, volta e meia, através de seus lobbies e de sua representação parlamentar, forçar “uma insuportável capitulação do poder público”. A tal ponto que se avalia estar em andamento um movimento de redefinição da fronteira público/privado, um realinhamento na relação entre religião e política e uma desprivatização ou publicização do religioso como força social e política, caracterizada pela reabertura dos espaços públicos à ação organizada de instituições religiosas no país.
Ricardo Mariano. Laicidade à brasileira. Católicos, pentecostais e laicos em disputa na esfera pública. Civitas, Porto Alegre, maio-ago. 2011. Adaptado.
***
Texto 5
O Estado brasileiro é laico?
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS, etc.) e recebem subsídios financeiros para suas instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a religiões, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, dificultando a promulgação de leis no que respeita à pesquisa científica, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais.
http://ole.uff.br/o-estado-brasileiro-e-laico/. Adaptado.
Texto 6
Laicidade e Teocracia
Laicidade e Estado de Direito são construções da modernidade. Um Estado é considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Direito e Religião. Tornar real, no Brasil, esse projeto de modernidade é uma batalha diária.
A instrumentalização política da religião coloca em risco os direitos humanos e as liberdades individuais. O Brasil caminha para tornar-se uma espécie de Estado semiteocrático, ou seja, um governo escolhido por direito divino.
Élio Gasda, domtotal.com. Publicado em 07/01/2021. Adaptado.
Com base nos textos aqui apresentados, bem como em outras informações que considere relevantes, redija uma dissertação em prosa, sobre o tema: A laicidade do Estado brasileiro contemporâneo.
(O texto deverá conter, no mínimo, 200 e, no máximo, 450 palavras digitadas.)
Como é tradição nos exames de redação da FGV, a banca solicitou aos candidatos a elaboração de um texto dissertativo-argumentativo em prosa. Neste ano, os candidatos foram convidados a fazer uma reflexão em que fosse revelado o seu posicionamento sobre um tema bastante pertinente e atual: A laicidade do Estado brasileiro contemporâneo.
Para apoiar a análise acerca do tema, foram fornecidos seis textos motivadores, os quais eram bastante informativos e esclarecedores sobre a questão posta em debate, para que o aluno conseguisse elaborar seu posicionamento frente ao tema.
No texto 1, uma charge de Latuff, é apresentada uma crítica direta à força que a bancada evangélica tem adquirido no Congresso Nacional. Dentre os diversos problemas envolvendo esse cenário, um que se destaca – e que é explicitado pela charge – é o fato de os dízimos e o dinheiro arrecadados pelas igrejas e cultos tramitarem entre essas instituições e os líderes religiosos sem as devidas fiscalizações. Dessa maneira, faz bastante sentido a frase “Sai, Estado Laico”, afinal, quanto mais poder for adquirido dentro da política, mais benefícios e privilégios esse grupo garante.
O texto 2, de Felipe Costa Rodrigues e Maria Clara Seixas, destaca o significado de Estado Laico a partir dos artigos 5 e 19 da Constituição Federal Brasileira, e fica bem claro o fato de que esse tipo de governo não pode ser gerido a partir de uma determinada religião ou credo, e isso inclui, portanto, suas leis, regras e instituições públicas dentro da lógica da laicidade. Apesar de ser um texto basicamente informativo, seu título faz com que o leitor, naturalmente, reflita sobre o cenário brasileiro a partir das explicações que os autores fornecem sobre o significado de Estado Laico.
O texto 3, de José Antonio Sepulveda, traz a correlação entre Laicidade e Conservadorismo. Para isso, apresenta todo o percurso histórico de construção da laicidade ao longo do tempo, a qual surgiu com o pensamento iluminista e esteve presente em todas as ideologias que marcaram as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX. O autor destaca que o conservadorismo teve início também nessa mesma época, e fica nítido, portanto, o antigo embate direto de ambos os pensamentos, que se faz presente até os dias de hoje. O grande problema, no entanto, que Sepulveda destaca, é que a permanência do conservadorismo é uma ameaça direta para a democracia, já que defende pensamentos autoritários e antidemocráticos – logo, a laicidade está ligada à ampla ideia de democratização.
O texto 4, de Ricardo Mariano, destaca, de acordo com sua visão, a falta de laicidade existente no Estado Brasileiro. Segundo o autor, embora garantido na teoria, esse preceito não é colocado em prática, visto que se percebe um avanço significativo de grupos católicos e evangélicos na política, interferindo na esfera pública.
O texto 5, um artigo publicado pela Universidade Federal Fluminense, traz, logo em seu título, o questionamento sobre a efetiva laicidade do Estado brasileiro, e destaca que, ainda que tenhamos uma situação bastante diferente daquela encontrada durante os períodos de Brasil Colônia e Império, estamos distantes de afirmar que somos, de fato, um país laico. Como sustentação para esse posicionamento, o excerto traz algumas justificativas, tais como o fato de as sociedades religiosas serem isentas de impostos e receberem certos subsídios; o incentivo ao ensino religioso cristão nas escolas; a pressão que certas religiões – como o cristianismo e os evangélicos – exercem sobre o Congresso Nacional, dificultando incentivos e investimentos em ciência, direitos sexuais; a presença de símbolos religiosos em repartições públicas etc.
Por último, o texto 6, de Élio Gasda, traz uma breve definição sobre o que é Estado Laico – reforçando, então, as ideias presentes no texto 1 – e afirma que, considerando o cenário atual que o Brasil vive, temos a presença de ameaças a certos direitos e liberdades individuais, e ainda estamos longe de alcançar, efetivamente, essa laicidade.
Encaminhamentos possíveis
Para desenvolver a análise, o candidato poderia aproveitar dados e ideias da coletânea, bem como lançar mão de conhecimentos pessoais a respeito da questão. É importante destacar que, embora o tema se apresente por meio de um enunciado sem alternativa explícita (“A laicidade do Estado brasileiro contemporâneo”), era possível que o candidato adotasse dois caminhos: a) a defesa de que vivemos em um Estado Laico ou b) a defesa de que não vivemos em um Estado Laico. Para defender cada um dos posicionamentos do tema, poderiam ser levadas em consideração algumas reflexões, mas, em todas elas, é bastante importante que se faça menção à Constituição Federal Brasileira, afinal, é a base para se pensar se os preceitos defendidos por ela estão, de fato, sendo cumpridos.
Para defender a presença efetiva do Estado Laico no Brasil, pode-se destacar, como argumento principal, o fato de que é garantida, constitucionalmente, a liberdade de crença (ou de não crença) em qualquer tipo de religião. Ainda que tenhamos alguns problemas, como a presença de artefatos religiosos em repartições públicas, por exemplo, existem leis e instituições que visam à garantia dessa pluralidade. É possível, nesse sentido, estabelecer uma comparação com países que são, declaradamente, Estados Religiosos ou Confessionais, e que reconhecem apenas um culto como o oficial. Ou seja, embora, na prática, estejam presentes alguns problemas de sopesamento religioso, o que predomina é a garantia de heterogeneidade. Não à toa, existe a presença dos mais diversos templos religiosos espalhados pelo país.
Por outro lado, o aluno poderia defender a ausência de um efetivo Estado Laico no Brasil, e para isso, poderia ir pelo caminho de que, na prática, são tomadas decisões e colocadas em prática ações – tanto pela política quanto pela sociedade civil – que caminham em direção contrária ao que se defende constitucionalmente. Desse modo, embora legalmente o Estado seja declarado como laico, esse preceito não é concretizado quando há a forte presença de uma bancada evangélica e católica no Congresso Nacional. Isso faz com que, na prática, as doutrinas religiosas pautem algumas das decisões políticas em suas crenças, o que reverbera nas políticas públicas, como ausência de educação sexual nas escolas, não legalização do aborto etc. Ainda, seria possível citar como exemplo a máxima do atual governo: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
É claro que o aluno poderia ter apresentado outros encaminhamentos para a defesa de seu ponto de vista, mas talvez esses sejam os dois principais e que, inclusive, fornecem embasamento para outras visões, que podem se desdobrar a partir desses argumentos centrais. Vale ressaltar, no entanto, que há um ponto de tangência entre ambas as opiniões: a relação entre realidade e legislação – aspecto, inclusive, abordado pelos textos motivadores.
As figuras I e II mostram pirâmides ecológicas de biomassa para dois ecossistemas.
a) Indique um ecossistema que cada uma dessas pirâmides de biomassa possa representar.
b) Desenhe as pirâmides de energia correspondentes às pirâmides de biomassa, para os dois ecossistemas indicados.
a) A pirâmide I pode representar qualquer ecossistema terrestre, tal como uma floresta, um campo ou um deserto. A pirâmide II representa ecossistema marinho.
b) As pirâmides de energia para os ecossistemas indicados são idênticas e de acordo com o seguinte modelo:
Cultura das transgressões no Brasil
Podemos iniciar falando de uma virtude pública importante, a cortesia.
O que temos hoje da cortesia? Ela perdeu muito de seu peso. Por um lado, isto se deve a valorizarmos hoje mais o espírito do que a regra, o impulso do que a forma, a sinceridade do que as formas externas de respeito. A cortesia é uma expressão exterior de consideração pelo outro e, por isso mesmo, não precisa enunciar um sentimento verdadeiro. Se formos verdadeiros e autênticos em todas as ações de nossa vida social, correremos o risco de torná-la um inferno.
A cortesia não constitui cada pessoa com que cruzamos o olhar ou o andar como interlocutor real ou de fato; mas ela permite que essa pessoa esteja no âmbito daqueles com quem possivelmente cooperaríamos. É a oportunidade aberta pela cortesia que constrói uma rede possível de relações, bem maior em número que as relações atuais, uma rede que nunca se atualizará plenamente porque sempre a possibilidade será bem mais numerosa que a realidade, mas que, por isso mesmo, abre-nos a chance de certa troca entre nossos parceiros atuais e potenciais.
Renato Janine Ribeiro. Cultura das Transgressões no Brasil. Adaptado.
***
A nova república das bananas
O Estado autoritário é inevitável numa sociedade de malcriados
Mas para que servem as boas maneiras? Por que não comer com as mãos e arrotar livremente? Esse, aliás, era o clima rebelde no fim dos anos 1960, quando li O Processo civilizador, de Norbert Elias.
Elias quer entender como chegamos até à convivência social moderna, dita “civilizada”. Ele começa mostrando como elaboramos as boas maneiras, que mudaram, aos poucos, nosso comportamento. Por exemplo, paramos de limpar a boca ou assoar o nariz na manga do casaco do vizinho e inventamos guardanapo e lenço. As regras de etiqueta revelam que descobrimos que os outros existem, enxergamos a humanidade de nossos semelhantes.
Esse é o primeiro volume da obra de Elias. O segundo, menos lido, é sobre a formação do Estado moderno, que centraliza o monopólio da violência dita “legítima”
Qual a conexão entre os dois volumes? As boas maneiras são um pressuposto básico do sonho libertário – que se possa viver no respeito do e ao outro, sem nem sequer recorrer ao Estado para administrar a convivência. Inversamente, o Estado autoritário é inevitável numa sociedade de malcriados. A história confirma: governante tosco é sempre seduzido pelo autoritarismo, porque ele não enxerga os outros como seus semelhantes.
Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo. 27/02/2020. Adaptado.
***
Civilidade
Keith Thomas é um notável historiador de Oxford que analisa o passado com a obsessão e o cuidado de um antropólogo.
O seu tema, desta vez, é a construção da noção moderna de civilidade, termo derivado do latim “civitas”, a comunidade organizada e seus códigos de covivência que, inicialmente, diferenciavam a sociedade romana dos bárbaros, palavra de origem grega que mimetiza a fala incompreensível dos estrangeiros.
Na Inglaterra de séculos atrás, o processo civilizatório justificou a conquista de povos com costumes e hábitos considerados inaceitáveis. Thomas documenta, com a sua erudição inacreditável, a construção da versão moderna de civilidade em que, como apontara Norbert Elias, o comedimento nas paixões políticas e religiosas permite a convivência e o diálogo entre os diferentes, evitando a tragédia das guerras.
A civilidade requer respeito às instituições, permite a criatividade das artes, incentiva a pesquisa nas ciências e tolera a divergência.
Caso morasse no Brasil, Thomas não precisaria recorrer aos registros de tempos passados.
Marcos Lisboa. Folha de S.Paulo. 08/09/2019. Adaptado.
***
Incontinência verbal na política.
Inúmeros parlamentares do Reino Unido protestaram contra o Primeiro-ministro Boris Johnson e exigiram que ele pedisse desculpas formais por sua linguagem incendiária e por suas palavras que incitam ao ódio e ao conflito. Para nós, que somos confrontados diariamente com outros exemplos de incontinência ainda mais toscos e pueris, as críticas a Johnson podem parecer exageradas e exigentes em demasia, mas não são, não. Elas nos lembram de que a civilização sempre se pautou por alguns valores simples, tais como a civilidade e o bom senso, antes que o “novo normal”, no qual vale tudo, contaminasse a vida política e o nosso cotidiano.
Marília Fiorillo. Jornal da USP (áudio). Adaptado.
Com o estímulo dos textos acima reproduzidos, acrescido do recurso a outras informações que considerar pertinentes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema: A polidez e a civilidade, nas relações sociais e na vida pública, constituem mera formalidade ou são essenciais para a democracia?
Análise da proposta
Como é de sua tradição, a prova de redação da FGV/Direito requisitou dos candidatos a elaboração de uma dissertação argumentativa sobre um tema relevante para a compreensão da sociedade brasileira contemporânea. Nesta edição, o texto deveria responder à questão “A polidez e a civilidade, nas relações sociais e na vida pública, constituem mera formalidade ou são essenciais para a democracia?”.
De construção complexa, o tema exigia a capacidade de perceber a questão central: o papel da civilidade e da polidez para a democracia. Era necessário, por um lado, responder se se trata de formalidade ou de algo essencial e, por outro lado, pensar em como esse tema aparece nas relações sociais e na vida pública.
Para auxiliar na elaboração da redação, a banca apresentou uma coletânea textual bastante pertinente, composta de quatro textos. No primeiro, trecho de uma produção acadêmica, o professor de filosofia da Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro observa que a cortesia (uma expressão exterior de consideração pelo outro) é importante para a vida social e envolve ver o outro como alguém com quem cooperaríamos, mas que ela perdeu seu peso hoje. No segundo, o psicanalista Contardo Calligaris, mencionando a obra do sociólogo Norbert Elias, aponta que a etiqueta envolve o reconhecimento da existência do outro e que a ausência dela se relaciona com sociedades autoritárias. No terceiro, o economista Marcos Lisboa, também mencionando Elias, sustenta que a civilidade envolve o comedimento nas paixões e permite o diálogo entre diferentes. No quarto, a professora de comunicação da USP Marília Fiorillo lembra casos de autoridades que empregam linguagem incendiária e defende que haja reação contra essas atitudes, pois a civilização se pauta em valores simples como a civilidade.
Encaminhamentos possíveis
Para elaborar seu texto, o candidato poderia, abordando exemplos de âmbito privado e público, adotar as seguintes linhas de argumentação, entre outras:
Argumentos que sustentam que a polidez e a civilidade são mera formalidade: - A presença de linguagem polida e civilizada não impediu historicamente a ocorrência de grandes guerras e mesmo de desrespeitos diários a direitos humanos atualmente; - A polidez excessiva dos políticos é parte dos motivos para um distanciamento entre eles e o seu público, o que indica, portanto, que se trata de algo que pode ser prejudicial à democracia; - A polidez e a civilidade são, muitas vezes, vistas como hipocrisia, já que, quando surpreendidos por gravações clandestinas, por exemplo, muitos políticos se revelam agressivos e mal educados; percebendo esse caráter falso, a população tende a desacreditar nos discursos.
Argumentos que sustentam que a polidez e a civilidade são essenciais para a democracia: - Como indica a coletânea, a linguagem polida e a civilidade são alternativas à violência e à guerra, representando um caminho de resolução democrática de problemas; - A atual falta de polidez e civilidade de lideranças políticas populistas na contemporaneidade (como o primeiro-ministro Boris Johnson, citado no texto) é um recurso demagógico: ao falar e agir de um modo diferente das elites políticas tradicionais, essas novas lideranças querem, na verdade, apresentar-se como alternativas renovadoras a um sistema supostamente podre; logo, são estratégias discursivas manipulatórias, que minam a democracia; - A polidez e a civilidade constituem esforços na relação de diálogo e entendimento com o outro, o diferente, e, por isso, são essenciais para a convivência democrática, ainda mais em um mundo globalizado e altamente diverso e complexo.
Uma empresa fabrica um produto a um custo fixo mensal de 150 000 reais e a um custo variável por unidade de c = 280 reais. O preço de venda por unidade, em reais, é p e a margem de contribuição unitária (p – c) é igual a 30% de p.
Qual a quantidade que deve ser produzida e vendida para dar um lucro mensal de 36 000 reais?
1 400
1 450
1 500
1 550
1 600
Na virada do século XIX para o XX, o Modernismo se constrói com base em um conjunto de ideias que vinha transformando a cultura e a sensibilidade europeias. Predominava o imaginário de ruptura e de libertação do passado, visto como um fardo a ser abandonado. Essa percepção do modernismo como urgência de uma demanda de tornar-se novo foi particularmente experimentada no Brasil.
Realizada no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna assumiu o papel de acontecimento fundador do moderno Brasileiro. Desde o início do século XX, porém, movimentos culturais relacionados ao advento de uma sensibilidade modernista vinham acontecendo em diversas cidades brasileiras. Ocorre que as dinâmicas e os ritmos culturais desses lugares não necessariamente condiziam com o perfil urbano e industrial-tecnológico de São Paulo. A coexistência do arcaico e do moderno, marcando distintas temporalidades, era uma realidade na vida cultural brasileira. (...) Assim, criar o “novo” significava construir vínculos de pertencimento com o repertório das tradições populares. O novo jamais é inteiramente novo.
(Adaptado de M. Velloso, História e Modernismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, pp. 20, 21, 28.)
a) As interpretações sobre o modernismo enquanto movimento cultural e artístico não raro se concentram em pares de conceitos polarizados como tradicional/moderno ou local/internacional. Identifique, para cada conceito indicado na tabela (que aparece no espaço da resposta), um elemento presente na imagem. Não repita elementos nas células.
b) A obra de Ismael Nery é representativa do modernismo no Brasil. Com base na leitura do texto e na análise da imagem, identifique e analise a distinção entre o modernismo na Europa e no Brasil.
a) No campo TRADICIONAL, a pintura de Ismael Nery está ligada a um dos gêneros tradicionais da pintura do século XIX, o autorretrato de artista (ou o retrato). Já a parte MODERNA da pintura está relacionada à inserção das Vanguardas Europeias, como o Surrealismo e o Cubismo. Na obra, é possível detectar a presença dos movimentos vanguardistas no que se refere às montanhas ao lado do rosto do autorretrato de Nery, bem como traços geométricos em suas vestimentas. No quesito LOCAL, o autorretrato é realizado em um ambiente típico do Rio de Janeiro, trazendo o lugar nacional para as pinturas brasileiras. Entretanto, a torre Eiffel também é vista próxima aos morros em formato de cabeças, criando a ponte entre o LOCAL (Brasil) e o INTERNACIONAL (França). É válido lembrar que a França é o centro artístico no século XIX, sendo o modelo da arte para o mundo.
b) Ao analisar o texto, percebe-se que o modernismo agregou um conjunto de ideias que pretendiam transformar a cultura e a forma como as pessoas enxergavam o mundo e suas dinâmicas. Assim, na Europa, houve uma revolução artística na virada do século XIX para o XX. A arte ultrapassava os limites da tradição, a qual era requerida pela Academia de Belas Artes. Com o sentimento de modernidade implicado pela tecnologia, os artistas não se satisfizeram com o impressionismo e, então, buscaram novas formas de representação, fugindo do tradicional. Foi nesse sentimento que as vanguardas eclodiram na Europa, representadas pelo Dadaísmo, Cubismo, Expressionismo, Surrealismo e Futurismo. No Brasil, a busca pelo moderno vanguardista é impulsionada pelas telas de Anita Malfatti, que geraram desconforto na tradição da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, construída a partir da Academia francesa. Assim, incomodados com a hostilidade às telas de Malfatti, artistas brasileiros projetaram a Semana de Arte Moderna a fim de se aproximarem das novas concepções artísticas europeias. Evidentemente, a relação com a tecnologia e com a ciência impedia uma cópia das vanguardas europeias, então, os artistas buscaram inserir características nacionais em suas obras, como o morro e o samba.
As imagens produzidas por artistas europeus, tal como vemos na pintura do holandês Jan Davidsz de Heem, tiveram um papel importante na construção do conceito de exótico no imaginário da Europa na época moderna.
Naquele contexto, a pintura apresentava itens obtidos quando se exploravam e se colonizavam países em cantos distantes do mundo. A natureza (os elementos que a representam) é, assim, quase um estudo científico e, novamente, uma alusão à abundância obtida graças ao vitorioso comércio holandês.
(Adaptado de Rolf Winkes. Natura Morta. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 10: 145-161, 2000. p. 149.)
Os colonizadores exerceram diversas operações que levaram à configuração de um novo universo de relações intersubjetivas de dominação entre a Europa e as demais regiões e populações do mundo, às quais estavam sendo atribuídas, no mesmo processo, novas identidades geoculturais.
(Adaptado e traduzido de Anibal Quijano. Colonialismo, eurocentrismo y América Latina. In Colonialidad del saber: eurocentrismos e ciencias sociales. Buenos Aires, CLACSO. 2005, p. 209.)
a) O exótico é estabelecido a partir de uma relação assimétrica entre universos diferentes. Justifique por que a imagem ao lado apresentaria características “exóticas” e relacione essa adjetivação ao pensamento colonial da época.
b) Apresente uma semelhança e uma diferença entre a experiência colonial holandesa e a portuguesa.
a) Dentre os aspectos exóticos da imagem, do ponto de vista eurocêntrico dos colonizadores holandeses, destacam-se: a exuberante ave tropical - arara ou papagaio -, frutos, plantas, conchas e outros elementos naturais de lugares distantes do mundo, objetos de luxo feitos de metais preciosos, tecidos tingidos e o cenário ao fundo. Todos esses itens, estranhos aos colonizadores e artistas europeus, representavam a abundância de riquezas e a grandiosidade dos territórios integrados à rede global de comércio no início da época moderna, bem como ajudaram a construir um sentimento de maravilhamento, diferença e exotismo em relação ao restante do mundo.
b) Dentre as semelhanças entre a experiência colonial holandesa e a portuguesa, era possível elencar UMA dentre as seguintes possibilidades:
escravização de povos africanos como principal mão de obra nas colônias;
conquista militar e domínio colonial de territórios na América e na África;
lucratividade relacionada com o comércio açucareiro;
formulação de discursos e visões de caráter eurocêntrico em relação aos povos e a culturas das regiões exploradas colonialmente.
Dentre as diferenças entre a experiência colonial holandesa e a portuguesa, era possível elencar UMA dentre as seguintes possibilidades:
enquanto a colonização portuguesa estava vinculada com a Igreja Católica, a colonização holandesa expandia a religiosidade protestante;
os portugueses exerceram uma colonização em áreas abrangentes e por um período mais longo, tanto no continente africano quanto na América;
na presença holandesa, no Nordeste açucareiro do Brasil Colonial, houve uma maior presença de artistas, pesquisadores ligados à astronomia, arquitetos (todos esses grupos vindos à América por determinação do governo colonial holandês), assim como uma maior liberdade religiosa, se comparado com a América Portuguesa no mesmo período.
Um plano de inclinação θ situa-se sobre uma mesa horizontal de altura 4h, conforme indicado na figura. Um carrinho de massa m parte do repouso no ponto A, localizado a uma altura h em relação à superfície da mesa, até atingir o ponto B na parte inferior do plano para então executar um movimento apenas sob a ação da gravidade até atingir o solo a uma distância horizontal D da base da mesa, conforme mostra a figura. Ao utilizarmos rampas com diferentes inclinações θ (com o carrinho sempre partindo de uma mesma altura h), obtemos diferentes alcances horizontais D.
a) Calcule o intervalo de tempo decorrido entre a partida do carrinho, situado inicialmente no topo do plano inclinado, até atingir o solo, considerando o valor para a inclinação θ = 90°.
b) Usando a conservação da energia mecânica e supondo agora uma inclinação θ qualquer, obtenha o módulo do vetor velocidade com que o carrinho deixa a superfície do plano inclinado.
c) Encontre o valor do alcance D supondo que a inclinação do plano seja de θ = 45°.
Note e adote: Considere conhecido o módulo g da aceleração da gravidade. Despreze o efeito de forças dissipativas.
a) Como θ = 90°, a distância entre A e B é “h”. Assim sendo, podemos considerar que o carrinho executa queda livre (movimento uniformemente variado) de uma altura total de “5h”. Logo:
b) O carrinho, durante seu movimento sobre o plano inclinado, é um sistema conservativo, logo, sua energia mecânica permanece constante.
c) Determinando as componentes da velocidade () do carrinho no instante que ele perde o contato com o apoio, temos:
Na direção vertical, o movimento é uniformemente variado, logo, podemos calcular o tempo de queda da seguinte forma:
Resolvendo a equação do 2º grau, , , :
Logo:
Assim: ou .
Na direção horizontal, o movimento é uniforme, logo:
Considerado um dos programas de infraestrutura mais ambiciosos já concebidos, a Nova Rota da Seda chinesa foi anunciada pelo presidente Xi Jinping, em 2013. O programa inclui diversos projetos de desenvolvimento e investimento e envolve regiões da Ásia, Europa, África e América Latina. Lauren Johnston, pesquisadora da Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, acredita que a maioria dos acordos de investimento da Nova Rota da Seda tem beneficiado as partes envolvidas. "Para os governos que precisam de acesso ao financiamento, seja para novas infraestruturas ou para o desenvolvimento social, os benefícios continuam superando os custos potenciais".
BBC News Brasil: https://www.bbc.com/. Adaptado.
A partir dos elementos apresentados, responda:
a) O que foi, originalmente, a chamada Rota da Seda?
b) Cite e explique um objetivo econômico da China com a implementação desse projeto.
c) Explique um impacto econômico negativo e um impacto social positivo em apenas um dos seguintes projetos: 2- Ferrovia Laos; 7- Corredor de Infraestrutura- Paquistão; 8- Ferrovia Etiópia - Djibuti.
a) Originalmente, a Rota da Seda correspondia a um conjunto de rotas terrestres e marítimas, que interconectavam o extremo oriente da Ásia e a Europa, favorecendo as atividades comerciais entre as duas regiões. Essa relação comercial começou a ser estabelecida no século 2 a.C., destacando-se pelo comércio da “seda”, que acabou dando o nome a essa rota comercial.
b) O desenvolvimento de infraestrutura previsto pelo projeto “Nova Rota da Seda” ampliará as possibilidades de meios de transporte e de comunicação, favorecendo, sobretudo, as ligações comerciais entre os mercados europeu, africano e asiático. Esse projeto tende a ampliar as relações econômicas e comerciais entre a China e essas regiões, sendo que diversos países africanos são importantes fornecedores de matérias-primas que alavancam o desenvolvimento industrial chinês; o mercado europeu se destaca pela grande quantidade de consumidores com elevado poder de compra; já o asiático é importante pela proximidade geográfica e amplo mercado consumidor decorrente da grande quantidade de pessoas.
c) Dentre os aspectos econômicos negativos dos três projetos destacados (2- Ferrovia Laos; 7- Corredor de Infraestrutura- Paquistão; 8- Ferrovia Etiópia – Djibuti) destaca-se o aumento da dependência comercial que Laos, Paquistão, Etiópia e Djibuti passarão a ter em relação ao mercado chinês. Essa dependência poderá gerar consequências negativas, principalmente numa hipotética situação de problemas econômicos no mercado chinês. Além disso, ocorre um aumento do endividamento desses países, que recebem o aporte financeiro para construção dos projetos de infraestrutura e se comprometem a saldar tais dívidas.
Em relação aos aspectos sociais positivos que serão proporcionados pelos citados projetos, destaca-se a melhoria nos meios de circulação de pessoas, já que todos eles se caracterizam pelo desenvolvimento de meios de transportes (ferrovias e/ou rodovias). Especialmente o corredor de infraestrutura com o Paquistão também se caracteriza pela implantação de redes de telefonia e internet, favorecendo a comunicação da região da Caxemira com o resto do mundo. Outro benefício social causado pelos projetos é a criação de oportunidades de trabalho, tanto no processo de implantação dessas redes materiais e imateriais como, posteriormente, em decorrência da maior dinamização econômica entre essas regiões.
Things We Carry on the Sea
We carry tears in our eys: good-bye father, good-bye mother We carry soil in small bags: may home never fade in our hearts We carry carnage of mining, droughts, floods, genocides We carry dust of our families and neighbours incinerated in mushroom cloud We carry our island sinking under the sea We carry our hands, feet, bones, hearts and best minds for a new life We carry diplomas: medicine, engineer, nurser, education math, poetry, even if they mean nothing to the other shore We carry railroads, plantations, laundromats, bodegas, taco trucks, farms, factories, nursing homes, hospitals, schools, temples... built on our ancestors' backs We carry old homes along the spine, new dreams in our chests We carry yesterday, today and tomorrow We're orphans of the wars forces upon us We're refuges of the sea rising from industrial wastes And we carry our mother tongues [...] As we drift... in our rubber boats... from shore... to shore... to shore...
PING, W. Disponivel em: https://poets.org. Acesso em: 1 jun. 2023 (fragmento).
Ao retratar a trajetória de refugiados, o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar o (a)
risco de choques culturais.
impacto do ensino de história.
importância da luta ambiental.
existência de experiências plurais.
necessidade de capacitação profissional.
Podemos perceber a existência de experiências plurais nos seguintes versos:
We carry diplomas… We carry old homes along the spines… We carry yesterday, today and tomorrow…
The British (serves 60 million)
Take some Picts, Celts and Silures And let them settle, Then overrun them with Roman conquerors. Remove the Romans after approximately 400 years Add lots of Norman French to some Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir vigorously. […] Sprinkle some fresh Indians, Malaysians, Bosnians, Iraqis and Bangladeshis together with some Afghans, Spanish, Turkish, Kurdish, Japanese And Palestinians Then add to the melting pot. Leave the ingredients to simmer. As they mix and blend allow their languages to flourish Binding them together with English. Allow time to be cool. Add some unity, understanding, and respect for the future, Serve with justice And enjoy.
Note: All the ingredients are equally important. Treating one ingredient better than another will leave a bitter unpleasant taste.
Warning: An unequal spread of justice will damage the people and cause pain. Give justice and equality to all.
Disponível em: www.benjaminzephaniah.com. Acesso em: 12 dez. 2018 (fragmento).
Ao descrever o processo de formação da Inglaterra, o autor do poema recorre a características de outro gênero textual para evidenciar
a riqueza da mistura cultural.
um legado de origem geográfica.
um impacto de natureza histórica.
um problema de estratificação social.
a questão da intolerância linguística.
O autor recorre ao uso de um poema e nele expressa uma receita de como uma determinada população (The British) surgiu a partir de mistura cultural (diferentes povos e linguagens).
A Minor Bird
I have wished a bird would fly away, And not sing by my house all day;
Have clapped my hands at him from the door When it seemed as if I could bear no more. The fault must partly have been in me. The bird was not to blame for his key.
And of course there must be something wrong In wanting to silence any song.
FROST, R. West-running Brook. New York: Henry Holt and Company, 1928.
No poema de Robert Frost, as palavras “fault” e “blame” revelam por parte do eu lírico uma
culpa por não poder cuidar do pássaro.
atitude errada por querer matar o pássaro.
necessidade de entender o silêncio do pássaro.
sensibilização com relação à natureza do pássaro.
irritação quanto à persistência do canto do pássaro.
As palavras fault ( deslize; negligência) e blame (culpa) no poema revelam por parte do eu lírico, ao final, sensibilidade ao reconhecer que, apesar de estar incomodado com o canto do pássaro, ele entende ser da natureza do pássaro cantar e que deve haver algo errado com ele por querer silenciar qualquer canto.
Texto I
QUAL O PODER DA LEITURA NESTES TEMPOS DIFÍCEIS?
Hoje, é possível dizer que o mundo inteiro é um “espaço em crise”. Uma crise se estabelece de fato quando transformações de caráter brutal – mesmo se preparadas há tempos -, ou ainda uma violência permanente e generalizada, tornam extensamente inoperantes os modos de regulamentação, sociais e psíquicos, que até então estavam sendo praticados. Ora, a aceleração das transformações, o crescimento das desigualdades, das disparidades, a extensão das migrações alteraram ou fizeram desaparecer os parâmetros nos quais a vida se desenvolvia, vulnerabilizando homens, mulheres e crianças, de maneira obviamente bastante distinta, de acordo com os recursos materiais, culturais, afetivos de que dispõem e segundo o lugar onde vivem.
Para boa parte deles, no entanto, tais crises se manifestam em transtornos semelhantes. Vividas como rupturas, ainda mais quando são acompanhadas da separação dos próximos, da perda da casa ou das paisagens familiares, as crises os confinam em um tempo imediato - sem projeto, sem futuro -, em um espaço sem linha de fuga. Despertam feridas antigas, reativam o medo do abandono, abalam o sentimento de continuidade de si e a autoestima. Provocam, às vezes, uma perda total de sentido, mas podem igualmente estimular a criatividade e a inventividade, contribuindo para que outros equilíbrios sejam forjados, pois em nosso psiquismo, como disse René Kaës, uma “crise libera, ao mesmo tempo, forças de morte e forças de regeneração”. “O desastre ou a crise são também, e sobretudo, oportunidades”, escreveram Chamoiseau e Glissant, após a passagem de um ciclone. “Quando tudo desmorona ou se vê transformado, são também os rigores ou as impossibilidades que se veem transformados. São os improváveis que, de repente, se veem esculpidos por novas luzes”.
A leitura pode garantir essas forças de vida? O que esperar dela – sem vãs ilusões – em lugares onde a crise é particularmente intensa, seja em contextos de guerra ou de repetidas violências, de deslocamentos de populações mais ou menos forçados, ou de vertiginosas recessões econômicas?
Em tais contextos, crianças, adolescentes e adultos poderiam redescobrir o papel dessa atividade na reconstrução de si mesmos e, além disso, a contribuição única da literatura e da arte para a atividade psíquica. Para a vida, em suma.
Michèle Petit, A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: ed. 34, 2009.
Responda ao que se pede:
A Você concorda com a autora quando, no último parágrafo, ela se refere à “contribuição única da literatura para a atividade psíquica”, “para a vida, em suma”? Em que consiste essa contribuição? Justifique com base em sua experiência de leitor.
B Reescreva o trecho “de acordo com os recursos materiais, culturais, afetivos de que dispõem e segundo o lugar onde vivem”, substituindo o que está sublinhado por sinônimos e, se for o caso, fazendo as transformações necessárias, de tal forma que o sentido não se altere e a correção se preserve.
A Resposta:
Sim, a leitura das grandes obras literárias contribui para que as pessoas compreendam melhor a vida, os outros e a si mesmos, tornando-as mais humanas.
A leitura de Memórias póstumas de Brás Cubas pode ser uma experiência enriquecedora ao proporcionar ao leitor um “mergulho” na psicologia das personagens.
Grade de pontuação:
(Resposta completa e correta: 1 ponto; resposta completa com incorreção: 0,75; resposta incompleta, isto é, sem a indicação da experiência de leitura: 0,5 ponto; resposta incompleta com alguma incorreção: 0,25.)
B Resposta:
“de acordo com os recursos materiais, culturais, afetivos que possuem (que têm; com que contam etc.) e conforme (consoante, etc.) o lugar onde vivem”.
Grade de pontuação:
(0,5 ponto para cada substituição correta. Obs. erro gramatical: desconto de 0,25).
Considere uma folha de papel retangular com lados 20 cm e 16 cm. Após remover um quadrado de lado x cm de cada um dos cantos da folha, foram feitas 4 dobras para construir uma caixa (sem tampa) em forma de paralelepípedo reto-retângulo com altura x cm. As linhas tracejadas na figura indicam onde as dobras foram feitas.
a) Expresse o volume da caixa em função de x.
b) Determine o conjunto dos valores de x para os quais o volume da caixa é maior ou igual a 384 cm3.
a)
A área da base é (16 – 2x)(20 – 2x) cm2, ou seja, 4(8 – x)(10 – x) cm2. Como a altura é x cm, o volume da caixa é dado por 4x(8 – x)(10 – x) cm3, com 0<x<8.
Resposta: 4x(8 – x)(10 – x) cm3.
b) De , tem-se:
Por uma pesquisa de raízes racionais, pode-se concluir que 2 é um zero do polinômio.
Os zeros de x2 – 16x + 48 são 4 e 12.
Logo,
Com a condição 0<x<8, conclui-se que o volume da caixa é maior ou igual a 384 cm3 se, e somente se,
Resposta: [2, 4].
Duas empresas de entrega de mercadorias, A e B, são concorrentes. A empresa A cobra R$ 4,00 por quilo da encomenda e mais R$ 30,00 de taxa fixa. Já a tarifa da empresa B é de R$ 6,00 por quilo, sem taxa fixa, para encomendas de até 30 quilos; para encomendas de mais de 30 quilos, a empresa B cobra R$ 2,00 por quilo, mais uma taxa fixa de R$ 120,00.
a) Dê a expressão da função que descreve a tarifa cobrada pela empresa A em termos do peso x da encomenda.
b) Para qual intervalo de pesos é mais barato pedir uma entrega pela empresa A do que pela empresa B?
c) Um cliente solicitou duas encomendas: uma entregue pela empresa A, e outra, pela empresa B, com peso total de 200 quilos. Quais são as possíveis maneiras de distribuir esse peso entre as duas empresas, sabendo que a tarifa de entrega total foi de R$ 850,00?
Sejam PA(x) e PB(x) os preços a serem pagos na entrega realizada pela empresa A e pela empresa B, respectivamente, no transporte de x quilos de mercadoria.
a) Do enunciado, vem que PA(x) = 4x + 30.
b) Do enunciado, tem-se .
Para que a entrega feita pela empresa A seja mais barata que a feita pela empresa B, é preciso que PA(x)
Leia os versos de Noel Rosa que compõem a letra da música Conversa de Botequim para responder a questão
Seu garçom, faça o favor De me trazer depressa Uma boa média que não seja requentada Um pão bem quente com manteiga à beça, Um guardanapo (E) um copo d’água bem gelada Feche a porta da direita Com muito cuidado Pois não estou disposto A ficar exposto ao sol Vá perguntar ao seu freguês do lado Qual foi o resultado do futebol
Se você ficar limpando a mesa, Não me levanto nem pago a despesa Vá pedir ao seu patrão Uma caneta, um tinteiro Um envelope e um cartão, Não se esqueça de me dar palitos E um cigarro pra espantar mosquitos, Vá dizer ao charuteiro Que me empreste uma revista Um isqueiro e um cinzeiro Telefone ao menos uma vez Para 34-4333 E ordene ao seu Osório Que me mande um guarda-chuva Aqui pro nosso escritório Seu garçom me empresta algum dinheiro Que eu deixei o meu com o bicheiro, Vá dizer ao seu gerente Que pendure essa despesa No cabide alí em frente
Noel Rosa. In: Coleção de Música Popular Brasileira. São Paulo, Editora Abril, 1978.
a) Redija, com base nos versos de Noel Rosa, uma notícia de jornal, de 10 linhas, no máximo.
Na música popular ocorreu um processo (...) de “generalização” e “normalização” [da experiência social] a partir das esferas populares, rumo às camadas médias superiores. Nos anos 30 e 40, por exemplo, o samba e a marcha, antes praticamente connados aos morros e subúrbios do Rio, conquistaram o País e todas as classes, tornando-se um pão-nosso cotidiano de consumo cultural.
Antonio Candido. A revolução de 30 e a Cultura. In: A Educação Pela Noite e Outros Ensaios. 2ª ed., São Paulo, Ática, 89, p. 122.
b) De que ambientes e tipos sociais Noel Rosa trata em Conversa de Botequim os quais, segundo Antonio Candido, a cultura brasileira desconhecia antes da década de 30?
a)
A revolta dos garçons
Na noite de ontem, os bares do Rio de Janeiro foram palco de uma inesperada atitude: os garçons se negaram a atender os clientes que empregassem verbos no imperativo e não dissessem “por favor” e “obrigado”. A medida, conforme apurou a reportagem, foi tomada pelo Sindicato dos Garçons, que os orientou a não aceitar mais comportamentos que os colocassem em posição de inferioridade. Nas palavras do presidente da organização, Juvenal Angeli, “os clientes se dirigem a nós como se fôssemos bichos, gritando ’ei!‘, e fazendo seus pedidos de modo grosseiro, como se fôssemos seus escravos. Esses senhores se esqueceram de que a escravidão já acabou”. O velho samba de Noel Rosa, nestes novos tempos, seria cantado de outra forma: Senhor garçom, por gentileza, seria possível trazer-me uma boa média e fechar a porta da direita, se não lhe for incômodo? Muito obrigado.
Observação: Obviamente, essa é uma das possibilidades de responder ao que se propõe na parte a da questão 1.
Muitas outras soluções seriam satisfatórias desde que a notícia fosse baseada no que dizem os versos da letra de Noel Rosa e o texto obedecesse às características do gênero notícia de jornal, tais como:
• Um título que prenuncie o que vem exposto no corpo da notícia.
• Um relato de caráter narrativo em terceira pessoa, procurando criar efeito de objetividade ou impressão de verdade.
• Os principais componentes de qualquer notícia: os atores envolvidos no relato, o local da ocorrência, o momento em que aconteceu, como e por que se deram os fatos narrados.
b) O ambiente que serve de cenário para os fatos narrados é o espaço suburbano do Rio de Janeiro, o que se depreende não só pelo conhecimento do contexto cultural que serve de referência para as letras de Noel Rosa, mas também por marcas linguísticas deixadas no texto. É o caso da seleção de palavras e de expressões típicas desse espaço cultural, a começar do título, Conversa de Botequim. Além dessas, há muitas outras do mesmo paradigma, tais como: “boa média que não seja requentada”, “o resultado do futebol”, “nem pago a despesa”, “cigarro pra espantar mosquitos”, “me empreste uma revista”, “me empresta algum dinheiro”, “deixei o meu com o bicheiro”, “pendure essa despesa”. Interpretadas no contexto em que aparecem, elas remetem a um linguajar próprio de um boteco de periferia.
Os tipos sociais também se enquadram no perfil do habitante do subúrbio: o personagem que se dirige ao garçom é o tipo do malandrão prepotente e abusado, que não demonstra nenhum respeito pelo outro e não tem o menor constrangimento de explorar as pessoas que o cercam. O garçom faz o papel do explorado que se sujeita à exploração, por não demonstrar nenhuma reação contrária ao explorador. O freguês pode ser interpretado como um frequentador anônimo do botequim, que também é tratado como mais um a prestar serviço ao que se coloca como chefão. Os demais, apesar das diferenças individuais de cada um, são todos tratados como serviçais: o patrão, o charuteiro, o seu Osório, o bicheiro e o gerente são todos intimados, por meio do garçom, a atender à vontade do falastrão. Essa falta de discernimento pode ser interpretada como um indicador da cegueira egocêntrica do mandante.
Texto para a pergunta.
COOKING AND EVOLUTION By Jonathan Silvertown
(Note: The most commonly used recent definition of “hominin”: the group consisting of modern humans, extinct human species and all our immediate ancestors, including members of the genera Homo, Australopithecus, Paranthropus, and Ardipithecus.)
1 Cooking is fundamental to human nutrition, and it is a truly ancient practice that was pivotal in the evolution of humans. The idea that cooking makes us human is an old one. In 1785 the Scottish biographer and diarist James Boswell wrote: “My Definition of Man, is a ‘Cooking Animal.’ The beasts have memory, judgment, and the faculties and passions of our mind, in a certain degree; but no beast is a cook…” Boswell was writing before Darwin, and so he was not making an evolutionary argument, but the idea that cooking is fundamental to our species is a conclusion that others have also felt in their very guts [os próprios intestinos] to be right. Gut instinct [intuição] is generally frowned upon [pouco aceitável] as a source of evidence in science, but guts are key witnesses in this matter.
2 Since no beast is a cook and, as Boswell said, we are cooking animals, the obvious question is, how and when did this habit evolve? Our great ape [grande símio] cousins are essentially vegetarians, living on leaves and fruits. Gorillas eat only plants, but chimpanzees will catch and eat animals when they can, though this is opportunistic behavior and they live mainly on fruit. Chimps can’t cook, even though it has been argued that they are intelligent enough for the task. The common ancestor of chimps and ourselves must have been a vegetarian, and so we meat-eating, cooking humans evolved by stages from vegetarian, indeed vegan [um vegetariano que come somente produtos de plantas], stock [o progenitor original].
3 The enormous gulf between ourselves and other animals appears so large – not just in diet and cooking, but also in intelligence, language, brain size, and anatomy – because the intermediates along the evolutionary pathway that we unwittingly [sem saber] followed have been erased by extinction.
4 Vegetarians leave little behind in the paleoarchaeological record to show what they ate – or rather, what they leave behind is very little. The characteristic shapes of very tiny grains of silica called phytoliths – which are part of the structure of leaves and when eaten can become lodged [presos] in teeth – can tell us something about what kind of plants were eaten by, say, Lucy, the 3.18 million-year-old Australopithecus afarensis found in 1974 by Donald Johanson and Tom Gray in the desert of Hadar in Ethiopia. The diet of Lucy and her kind [espécie], though mainly vegetarian, included a wider range of plants than is eaten by chimps, and it seems that Australopithecus, of which there are several species, were in general adapted to live in a wider range of environments than chimps do. A. afarensis had larger molars, smaller canine teeth, and more powerful jaws than a chimp, suggesting that this ancestor did a great deal of chewing of tough food. The scientific consensus is that our own genus, Homo, arose from a species of Australopithecus, probably Lucy’s own A. afarensis, which lived 3.8-2.95 million years ago.
5 In any event, the answer to exactly when cooking began is likely to become clearer as more fossil and paleoarchaeological evidence is discovered. By comparison with the mystery of when cooking began, the question of why has a much clearer answer. Cooking increases the digestibility of food, enabling us to extract more energy from it, and it inactivates many toxins, incidentally, opening new vistas of possibility in hominin evolution. Perhaps the most persuasive evidence that we are truly the cooking animal is that brain growth and cooking do seem inextricably linked. During the evolution of humans, our guts shrank at around the same time that our brains grew. Large, smart brains unlocked the possibility of uniquely human capabilities such as complex language, abstract thinking, and all that flowed from that. Brains are very energy-hungry organs. The human brain is only about 2 percent of body weight but uses fully 20 percent of the energy consumed in a resting state.
6 While our brains are much bigger than the norm for a primate of our size, our guts are much smaller. By economizing on guts, evolution spared energy for splurging [gastar liberalmente] on bigger brains. Studies suggest that by increasing the energy value of our food, cooking made it possible for smaller guts to supply the burgeoning [crescentes] requirements of brain evolution. Our evolutionary history has indeed shaped our dietary capabilities, but it has broadened rather than narrowed them. We have survived and then thrived [florescido], multiplied, and occupied every continent because we are adaptable, intelligent omnivores.
Adapted from Natural History, 12/17-01/18.
In paragraph 1, the quotation from James Boswell is most likely presented to
highlight the fact that cooking is a crucial part of human nutrition.
show when the idea first appeared that humans are unique because they are the only animal that cooks.
give an idea of the longevity of a widespread point of view.
identify a theory that has led to an even more important theory.
explain the essence of what it means to be human.
Lê-se em: “Cooking is fundamental to human nutrition, and it is a truly ancient practice that was pivotal in the evolution of humans. The idea that cooking makes us human is an old one. In 1785 the Scottish biographer and diarist James Boswell wrote: “My Definition of Man, is a
‘Cooking Animal.’ The beasts have memory, judgment, and the faculties and passions of our mind, in a certain degree; but no beast is a cook...” A partir do trecho, temos a afirmação de que o que nos torna humanos é o fato de sermos capazes de cozinhar e, logo em seguida, a citação de Boswell reforça essa ideia ao afirmar que a definição de homem, para ele, é de um animal que cozinha.
Observação:
O gabarito oficial da FGV considerou a alternativa C correta, afirmando que a citação de James Boswell mais provavelmente (most likely) dá uma ideia da longevidade de um ponto de vista disseminado. Pode-se sustentar essa resposta com relação à sua longevidade (The idea that cooking made us humans is an old one.), porém o texto não faz referência à disseminação desse ponto de vista.
A alternativa E encontra suporte na citação de James Boswell ao dizer que a sua definição de Humano (Homem) é a de um animal que cozinha (“My Definition of Man, is a ‘Cooking Animal.’).
Os gráficos mostram o número de indivíduos de duas espécies de peixes (espécie A e espécie B), no início e no final de um experimento realizado em tanques (cinco sombreados e cinco expostos ao sol). Nos tanques expostos ao sol, os microcrustáceos, alimento exclusivo dos peixes, atingem maior tamanho devido à maior abundância de fitoplâncton. Por outro lado, nos tanques sombreados, há menos fitoplâncton e os microcrustáceos atingem tamanho menor. Os peixes da espécie A alimentam-se somente de microcrustáceos pequenos, enquanto os peixes da espécie B alimentam-se de microcrustáceos de todos os tamanhos. A quantidade de larvas de microcrustáceos colocadas mensalmente foi a mesma em todos os tanques. A capacidade de suporte de cada um dos tanques foi de 100 peixes.
a) Qual foi a razão, ao final do experimento, entre o número de indivíduos da espécie B nos tanques expostos ao sol em relação ao número de indivíduos dessa mesma espécie nos tanques sombreados?
b) Considerando apenas os tanques expostos ao sol, desenhe no gráfico da folha de respostas uma linha que indique como variou a razão entre o número de indivíduos da espécie B e o número de indivíduos da espécie A, no início e no fim experimento.
c) Cite a interação biológica entre as duas espécies de peixe que explica a diferença no número final de indivíduos dessas espécies nos tanques expostos ao sol. Justifique.
a) 8/5.
b) Não é possível estipular com precisão como ocorre a variação da razão ao longo do experimento. No entanto, é possível afirmar que a razão inicial é 1 e a final é 4.
c) Competição interespecífica. Os microcrustáceos pequenos são consumidos por ambas as espécies (A e B), gerando competição entre elas. A espécie B tem seu aumento populacional favorecido por também se alimentar dos microcrustáceos grandes.
A tabela indica as vendas de veículos, por categoria, de uma concessionária nos três primeiros meses de um ano, com a omissão de apenas dois valores, indicados por x e y.
Considerando as três categorias de veículos, a porcentagem de veículos Flex vendidos em fevereiro foi de
68,75%.
62,50%.
56,25%.
43,75%.
37,50%.
Da coluna total de veículos vendidos, tem-se:
Da linha veículos vendidos em fevereiro, tem-se:
A porcentagem de veículos Flex vendidos em fevereiro é dada por:
Resposta: 68,75%
Alternativa: A
Antes de responder à pergunta, leia com atenção os trechos a seguir. O primeiro é de autoria de Machado de Assis, extraído do livro Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); o segundo intitula-se “As ideias fora do lugar” (1977) e foi escrito pelo crítico e ensaísta Roberto Schwarz:
“...desembarquei em Lisboa e segui para Coimbra. A Universidade esperava-me com as suas matérias árduas; estudei-as muito mediocramente, e nem por isso perdi o grau de bacharel; deram-mo com a solenidade do estilo, após os anos da lei; uma bela festa que me encheu de orgulho e saudades, – principalmente de saudades. Tinha eu conquistado em Coimbra uma grande nomeada de folião; era um acadêmico estroina, superficial, tumultuário, petulante, dado às aventuras, fazendo romantismo prático e liberalismo teórico, vivendo na pura fé dos olhos pretos e das constituições escritas. No dia em que a Universidade me atestou, em pergaminho, uma ciência que eu estava longe de trazer arraigada no cérebro, confesso que me achei de algum modo logrado, ainda que orgulhoso. Explico-me: o diploma era uma carta de alforria; se me dava a liberdade, dava-me a responsabilidade. Guardei-o, deixei as margens do Mondego, e vim por ali fora assaz desconsolado, mas sentindo já uns ímpetos, uma curiosidade, um desejo de acotovelar os outros, de influir, de gozar, de viver, – de prolongar a Universidade pela vida adiante...” (Assis, Memórias póstumas, cap. XX / “Bacharelo-me”)
*
“O teste da realidade não parecia importante. É como se a esfera da cultura ocupasse uma função alterada, cujos critérios fossem outros. Por sua mera presença, a escravidão indicava a impropriedade das ideias liberais. Sendo embora a relação produtiva fundamental, a escravidão não era o nexo efetivo da vida ideológica. A chave desta era diversa. Para descrevê-la, é preciso retomar o país como um todo. Esquematizando, é possível dizer que a colonização produziu, com base no monopólio da terra, três classes de população: o latifundiário, o escravo e o “homem livre”, na verdade dependente. Entre os dois primeiros a relação é clara, é a multidão dos terceiros que nos interessa. Nem proprietários nem proletários, seu acesso à vida social e a seus bens depende do favor, indireto ou direto, de um grande. O agregado é a sua caricatura. O favor é, portanto, o mecanismo a partir do qual se reproduz uma das grandes classes da sociedade, envolvendo também outra, a dos que têm. Note-se ainda que entre estas duas classes é que irá acontecer a vida ideológica, regida em consequência por este mesmo mecanismo”. (Schwarz, As ideias fora do lugar, In: Ao vencedor as batatas, 2000, p. 15-16)
Com base nas passagens acima, desenvolva, a partir da interpretação sociológica proposta pelo professor Roberto Schwarz, uma análise para a obra de Machado de Assis. No desenvolvimento da resposta, considere que o romancista ambienta a vida de seu narrador – o fúnebre Brás Cubas – na realidade brasileira do século XIX. Tratava-se então de um país com feições escravocratas e ao mesmo tempo dependente do desenvolvimento do capitalismo industrial na Europa, a transplantar, segundo Schwarz, suas ideias e suas contradições para o Brasil.
“As ideias fora do lugar” é um importante ensaio do crítico Roberto Schwarz em que é discutida a incongruência de se buscar no Brasil do século XIX um comportamento próximo ao liberalismo europeu (cuja base de desenvolvimento é o sistema capitalista em que o princípio do trabalho livre é fundamental) e a permanência do trabalho escravo. Nas palavras de Schwarz: “Por sua mera presença, a escravidão indicava a impropriedade das ideias liberais". Para além disso, na sociedade desigual, com o poder econômico concentrado nas mãos de grandes latifundiários e baseada na estrutura escravocrata, há uma legião de homens livres, trabalhadores que, embora não escravos, também dependem da boa vontade dos detentores do capital e têm suas vidas sempre atreladas a mecanismos de favor que possibilitam sua sobrevivência.
Brás Cubas, narrador e protagonista de Memórias Póstumas de Brás Cubas, é herdeiro de uma família brasileira de posses e nunca teve a experiência do trabalho, que é justamente um princípio basilar da meritocracia liberal. Brás Cubas tem a hipocrisia como uma caraterística síntese de seu comportamento e não tem pudores de confessá-la, ainda que sem nomeá-la, exatamente pelo fato de estar morto e, portanto, não se incomodar com a crítica alheia.
No excerto apresentado na questão, por exemplo, Brás Cubas assume ter alcançado o título de bacharel em direito na universidade de Coimbra sem ter se empenhado em estudar seriamente a doutrina, mas, pelo contrário, ter dedicado sua vida universitária à diversão. Na descrição que faz desse período, o narrador afirma ter vivido sob um “romantismo prático e um liberalismo teórico”, o que indica que o personagem contém em si a incongruência apontada por Schwarz em seu ensaio. Seu papel é o do proprietário que mantém sob sua tutela personagens livres que dependem de seus favores para a sobrevivência.
Eugênia é uma figura que se encaixa nessa situação. Fruto de uma relação extraconjugal, é coxa, o que metaforiza sua situação “defeituosa” na sociedade, tanto pela origem “irregular” quanto por sua condição socioeconômica. Brás Cubas tem um breve momento de encantamento pela moça, beija-a, mas não desenvolve com ela qualquer relação que pudesse salvá-la de seu desajuste. No Brasil do século XIX, a única possibilidade de ascensão social para Eugênia seria um casamento rico, o que dependia exclusivamente dos desejos e intenções do proprietário e nunca de seu mérito individual.
O mesmo acontece com Dona Plácida, ex-babá de Virgília – amante casada de Brás Cubas – que se vê obrigada a acobertar o relacionamento ilegítimo que a ex-patroa mantinha. Assim como Eugênia, um comportamento baseado em seu próprio trabalho não seria suficiente para qualquer melhora da condição desfavorecida em que dona Plácida vivia, ficando a empregada à mercê da necessidade dos patrões e de sua boa vontade em presenteá-la com valores financeiros que pudessem contribuir para garantir sua velhice.
Com base nesses exemplos, entende-se que, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, as relações entre o protagonista e os personagens de condição social inferior não representam as oportunidades que o liberalismo inglês pregava, exatamente por desenvolver-se em uma sociedade desigual de base escravocrata. Aí está a essência da reflexão do ensaio “As ideias fora do lugar”: os princípios do liberalismo europeu não se aplicam da mesma forma no Brasil e Machado de Assis apresenta essa incongruência ao descrever o comportamento e, principalmente, as relações estabelecidas entre personagens de condições socioeconômicas muito diferentes.
Um dos eixos da bipolaridade escravista que unia a África à América portuguesa girava, justamente, na rota aberta entre as duas margens do mar por correntezas e ventos complementares. Na ida, a rota principal seguia o inverso dos ponteiros do relógio, no sentido dos ventos oeste-leste, entre o Trópico de Capricórnio e 30º5. Na volta, a rota principal seguia no sentido dos alísios de sudeste, abaixo da linha do Equador. Na medida em que se zarpava com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro até Luanda ou a Costa da Mina, e vice-versa, a navegação luso-brasileira que se desenvolveu naquelas rotas foi transatlântica e negreira. Vários tipos de trocas uniam as duas margens do oceano.
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61 - 63.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, responda às questões.
a) Explique a direção dos ventos alísios no Atlântico Sul e a sua funcionalidade no transporte marítimo da África para o Brasil.
b) Cite e explique um exemplo de relação estabelecida entre o Brasil e a África na época da colonização portuguesa na América.
a) Os Ventos Alísios sopram de 30°S para 0°, na direção Noroeste, por conta da repulsão do ar oriundo dos centros de alta pressão em direção aos de baixa pressão, e também em função do movimento de rotação da Terra na direção Oeste-Leste. Do ponto de vista da sua funcionalidade, a direção dos Ventos Alísios favoreceu a concentração do tráfico negreiro na região litorânea que compreende desde o estado do Ceará ao estado de Santa Catarina, uma vez que tornava a navegação para os pontos além desses estados muito mais difícil.
b) A principal relação estabelecida entre o Brasil e a África na época da colonização foi o tráfico negreiro. Nesse período, o continente africano foi alvo de negociantes de escravos que transportavam e negociavam no Brasil. O tráfico negreiro gerava riquezas para a metrópole portuguesa, sendo o escravo tratado como uma mercadoria valiosa que atendia as demandas de trabalho nas lavouras de cana, na mineração e outras atividades econômicas realizadas no continente americano.
Bienalsur: una invitación a cruzar las fronteras
Un dedo nos señala, acusador. Lo vemos en la estación de tren, en el museo, en puertas, ventanas y vidrieras. ¿Quién fue?, grita en silencio la obra de Graciela Sacco. Ése es el intimidante título elegido por la artista rosarina para este proyecto, con el que participará de la primera edición de Bienalsur. No estará sola: unos 300 colegas y curadores se sumarán en más de 30 ciudades de 16 países a esta ambiciosa iniciativa impulsada desde Buenos Aires.
"La bienal intenta ser una herramienta de integración regional", dijo a LA NACION su director general, Aníbal Jozami. El rector de la Universidad Nacional de Tres de Febrero (Untref) se inspiró en las memorias de Jean Monnet, considerado uno de los "padres" de la Unión Europea. "Él dijo que si la Unión Europea hubiera empezado por una integración cultural en lugar de económica, el resultado hubiera sido mucho mejor − agregó −. Uno de los objetivos de Bienalsur es crear canales de comunicación que permitan a la gente sentirse parte de un mismo circuito."
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 24 ago. 2017.
Artistas em várias partes do mundo expõem suas obras em eventos que celebram a arte, como a Bienalsur. Em consonância com o texto, pode-se constatar que esse evento artístico inovador foi criado com o propósito de
apontar as diversas obras artísticas expostas em Buenos Aires.
inspirar as transformações econômica e política de países europeus.
acusar artistas que expõem suas obras em locais pouco tradicionais.
promover a socialização entre diferentes artistas e a população em geral.
realizar exposições artísticas sobre eventos esportivos como os Jogos Olímpicos.
Segundo Aníbal Jozami, diretor geral da Bienalsur, o evento busca estabelecer, por meio das artes, uma integração regional na América do Sul. Isso permite inferir que um dos propósitos do evento é promover a socialização entre os envolvidos (artistas e público).
O gráfico acima apresenta a evolução da área irrigada nas cinco regiões geográficas brasileiras. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), a irrigação constitui atualmente o principal uso hídrico do país, tanto no total de retirada (46,2%) quanto no de consumo (67,2%). Nas regiões Sul e Nordeste, a incorporação de áreas irrigadas foi especialmente importante no Rio Grande do Sul e no Semiárido, respectivamente.
a) Indique a principal atividade agrícola irrigada no Rio Grande do Sul e no Semiárido nordestino, respectivamente.
b) Aponte uma importante política governamental, adotada desde a década de 1960, que se destina à expansão da modernização agrícola brasileira. Do ponto de vista da estrutura fundiária, qual é a principal característica das propriedades que utilizam a irrigação no Sudeste brasileiro?
a) A principal produção agrícola irrigada no Rio Grande do Sul é a do arroz (rizicultura), na Depressão Central Riograndense; no semiárido nordestino é a de frutas (uva, manga, melão, etc) no Vale do São Francisco.
b) Entre as políticas governamentais, destacam-se a expansão do crédito agrícola, o sistema nacional de crédito rural e o incentivo às pesquisas na área de plantio, com o objetivo de elevar a produtividade agropecuária e, também, de viabilizar o aproveitamento de novas áreas agrícolas, em especial no domínio do bioma Cerrado. Nesse contexto, destacou-se a ação da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Com relação à estrutura fundiária, observa-se o predomínio, nas áreas de irrigação do Sudeste, de grandes propriedades.
De acordo com o historiador Nicolau Sevcenko, é possível identificar um “confronto entre o impulso libertador, presente nos anseios de mudança social, e o caráter autoritário, elitista do planejamento reformador” em muitas obras produzidas por escritores identificados com o pensamento Iluminista.
“Apresentação”. Restif de La Bretonne. Noites revolucionárias. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
a) Cite um pensador identificado com o Iluminismo.
b) Identifique dois elementos do Iluminismo que contribuíram para a crítica do Antigo Regime.
c) Indique uma medida marcada pelo “impulso libertador” e outra pelo “planejamento reformador” adotada durante a Convenção Nacional ou sob o Diretório.
a) Dentre outros, podem ser citados Montesquieu, Voltaire, Rousseau.
b) Podem ser identificadas a defesa da igualdade jurídica e a proposta da liberdade, considerada um direito natural, em diversos âmbitos, como o econômico e o político.
c) No período da Convenção Nacional, observa-se a adoção de ações que ampliaram a liberdade, como a instauração do voto universal masculino e a abolição da escravidão nas colônias francesas. No mesmo período, mas no sentido do planejamento reformador, uma das medidas impostas foi a mudança do calendário cristão gregoriano para o calendário revolucionário, de caráter laico e fundamentado nas estações do ano. Outra imposição, seguindo a mesma lógica, foi a tentativa de mudança na forma de contar as horas do dia, através de um relógio que seguia a lógica decimal.
GOAL
GOAL has worked to improve access to food for highly vulnerable and food-insecure households in many districts of Zimbabwe. We identify such households, supply them with monthly food rations, and conduct monthly post-distribution monitoring. GOAL works in the same districts, to improve access to food for the most vulnerable primary school children during the peak hungry months. The emphasis is on orphans and vulnerable children. GOAL provides short-term food security support to other vulnerable households by increasing the availability of grain, and by helping enhance their ability to meet basic needs.
Disponível em: www.goal.ie. Acesso em: 5 dez. 2012 (adaptado).
Tendo como público-alvo crianças órfãs e em situações de vulnerabilidade, a organização não governamental GOAL tem atuado no Zimbábue para
.incentivar a agricultura orgânica.
intermediar processos de adoção.
contribuir para a redução da fome.
melhorar as condições de habitação.
qualificar professores da escola básica.
Lê-se no início do texto, com reforço em vários outros trechos:
“A ONG GOAL vem trabalhando para melhorar (incrementar) o acesso de famílias muito vulneráveis à comida (à alimentação)...”
“A ONG oferece suporte (apoio) ...de segurança alimentar para outras famílias vulneráveis...”
5 Ways Pets Can Improve Your Health
A pet is certainly a great friend. After a difficult day, pet owners quite literally feel the love.
In fact, for nearly 25 years, research has shown that living with pets provides certain health benefits. Pets help lower blood pressure and lessen anxiety. They boost our immunity. They can even help you get dates.
Allergy Fighters: A growing number of studies have suggested that kids growing up in a home with “furred animals” will have less risk of allergies and asthma.
Date Magnets: Dogs are great for making love connections. Forget Internet matchmaking — a dog is a natural conversation starter.
Dogs for the Aged: Walking a dog or just caring for a pet — for elderly people who are able — can provide exercise and companionship.
Good for Mind and Soul: Like any enjoyable activity, playing with a dog can elevate levels of serotonin and dopamine — nerve transmitters that are known to have pleasurable and calming properties.
Good for the Heart: Heart attack patients who have pets survive longer than those without, according to several studies.
DAVIS, J. L. Disponível em: www.webmd.com. Acesso em: 21 abr. 2013 (adaptado).
Ao discutir sobre a influência de animais de estimação no bem-estar do ser humano, a autora, a fim de fortalecer seus argumentos, utiliza palavras e expressões como research, a growing number of research e several studies com o objetivo de
mostrar que animais de estimação ajudam na cura de doenças como alergias e asma.
convencer sobre os benefícios da adoção de animais de estimação para a saúde.
fornecer dados sobre os impactos de animais de estimação nas relações amorosas.
explicar como o contato com animais de estimação pode prevenir ataques cardíacos.
esclarecer sobre o modo como idosos devem se relacionar com animais de estimação.
O título “Cinco maneiras pelas quais os animais de estimação podem melhorar sua saúde” já apresenta o tema do texto. As expressões destacadas no enunciado (pesquisas e vários estudos) foram utilizadas para dar suporte à ideia central do texto.
Imaginamos que a utilização da palavra ‘adoção’ na alternativa correta possa ter suscitado dupla interpretação e confundido o aluno.
Two hundred years ago, Jane Austen lived in a world where single men boasted vast estates; single ladies were expected to speak several languages, sing and play the piano. In both cases, it was, of course, advantageous if you looked good too. So, how much has — or hasn’t — changed? Dating apps opaquely outline the demands of today’s relationship market; users ruminate long and hard over their choice of pictures and what they write in their biographies to hook in potential lovers, and that’s just your own profile. What do you look for in a future partner’s profile — potential signifiers of a popular personality, a good job, a nice car? These apps are a poignant reminder of the often classist attitudes we still adopt, as well as the financial and aesthetic expectations we demand from potential partners.
GALER, S. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
O texto aborda relações interpessoais com o objetivo de
problematizar o papel de gênero em casamentos modernos.
apontar a relevância da educação formal na escolha de parceiros.
comparar a expectativa de parceiros amorosos em épocas distintas.
discutir o uso de aplicativos para proporcionar encontros românticos.
valorizar a importância da aparência física na seleção de pretendentes.
O texto começa descrevendo as relações amorosas no período de Jane Austen (o final do século XVIII) e questiona se as características dessas relações mudaram ou não na época dos relacionamentos por aplicativos.
Examine a tirinha para responder a questão.
No último quadrinho, o comentário do pai de Calvin pode ser entendido como um argumento de teor irônico? Justifique sua resposta.
Sim. O que, no contexto, evidencia a ironia - figura de linguagem por meio da qual se afirma algo esperando que se entenda seu oposto - é o insólito da afirmação, segundo a qual o Mc Donald’s e as Lojas Americanas seriam capazes de manter a unidade nacional. Supõe-se, pelo absurdo da afirmação, que o pai de Calvin não acredite efetivamente no que está dizendo.
Uma sequência de números naturais é construída da seguinte forma: seu primeiro termo t1 é escolhido como sendo um número natural qualquer. Se t1 for par, então t2 = e, se t1 for ímpar, então t2 = 3t1 + 1. Os termos seguintes tn são obtidos de acordo com essa mesma regra. Por exemplo, se t1 = 3, então t2 = 10, t3 = 5, t4 = 16 e assim por diante.
Dessa forma, a partir de t1 ∈ , para cada n ∈ , n ≥ 2, a sequência tn é definida como
a) Para t1 = 22, determine t4.
b) Determine todos os possíveis t1 para os quais t4 = 10.
c) Para t1 = 26, determine t2022.
a)
Resposta: 17
b) Para cada caso, sendo tn um número natural, tem-se dois casos a serem estudados.
1o caso: tn – 1 = 2tn
2o caso:
Note que tn – 1 é um número natural.
Com t4 = 10, tem-se t3 = 20 ou .
Com t3 = 20, tem-se t2 = 40 ou ; esse último resultado é descartado, por não ser um número natural.
Com t3 = 3, tem-se t2 = 6 ou ; esse último resultado é descartado, por não ser um número natural.
Com t2 = 40, tem-se t1 = 80 ou .
Com t2 = 6, tem-se t1 = 12 ou ; esse último resultado é descartado, por não ser um número natural.
Assim, tem-se as sequências:
(13, 40, 20, 10),
(80, 40, 20, 10) e
(12, 6, 3, 10).
Resposta: 13, 80 e 12
c)
Note que, a partir do 9o termo, repete-se a subsequência 4, 2, 1.
2022 = 8 + 3 ⋅ 671 + 1
Logo, t2022 = 4 (o primeiro termo da subsequência 4, 2, 1).
Um móbile matemático é uma figura que simula móbiles físicos. Ela é formada por segmentos de reta e figuras planas com valores numéricos racionais positivos, de forma a buscar um equilíbrio. A figura 1 ilustra um móbile básico matemático. Para ele estar em equilíbrio, os valores devem cumprir as equações x = ac + bd e ac = bd. Quando não aparecem valores para as letras a e b, significa que ambas valem 1.
Um móbile pode ser composto por diversos móbiles básicos, como a figura 2. Note que, nele, tem-se 5 = 3 + 1 + 1, mantendo o móbile em equilíbrio.
Considerando os móbiles I, II e III, apresentados na folha de respostas, responda ao que se pede:
a) Complete o móbile I, preenchendo as formas geométricas vazias com os valores que faltam para que ele esteja em equilíbrio.
b) Determine n ∈ N para que o móbile II esteja em equilíbrio.
c) Complete o móbile III, preenchendo as formas geométricas vazias com os valores que faltam para que ele esteja em equilíbrio.
O enunciado ilustra um móbile básico como sendo composto por apenas um triângulo e dois círculos. Dessa forma, não é imediato entender como a Figura 2 é composta por mais de um móbile básico, já que apresenta apenas um triângulo.
Para poder resolver a questão, é necessário inferir, a partir do exemplo da Figura 2 e da comparação com a situação física, algumas outras regras.
Para entender o exemplo da Figura 2, considere o seguinte móbile básico inicial:
Se adicionássemos outro móbile básico abaixo do círculo da direita, o equilíbrio do móbile inicial seria perturbado, já que o “peso” sustentado pelo braço direito do móbile inicial seria maior que 5. Dessa forma, para se pendurar outro móbile, é necessário que uma parte do “peso” 5 seja utilizada para os círculos do novo móbile.
Assim, podemos entender a bifurcação abaixo do círculo de “peso” 3 na Figura 2 da seguinte forma:
Para que o equilíbrio seja mantido, devemos ter e . Na Figura 2, foi escolhido o valor , de modo que devemos ter e, portanto, .
Apesar de essa, interpretação não ficar clara de maneira textual no enunciado, ela tem significado físico (a ideia de manter o equilíbrio do móbile).
Feitas as observações, vamos prosseguir com a resolução da questão.
a) Veja a figura a seguir, modificada de acordo com as observações feitas anteriormente.
Começando pelo móbile básico mais inferior à esquerda, temos:
Agora, vamos preencher os “pesos” das demais formas geométricas. Considerando que os dois círculos mais inferiores à direita devem ter o mesmo “peso” para manter o equilíbrio, podemos preencher a figura:
Assim, devemos ter , ou seja, e, portanto, . Voltando à forma como a figura foi apresentada na folha de respostas, chegamos a:
b) Veja a figura a seguir, em que os “pesos” foram representados pelas letras e :
Pelas observações feitas anteriormente, devemos ter:
Dessa forma:
c) Veja a figura a seguir, modificada de acordo com as observações feitas anteriormente.
Considerando o móbile superior, temos:
Resolvendo esse sistema, obtemos e .
Considerando o móbile mais inferior à esquerda:
Como , podemos resolver o sistema anterior, obtendo e .
Por fim, considerando o móbile mais inferior à direita:
Como , resolvendo o sistema, obtemos e .
Voltando à forma como a figura foi apresentada na folha de respostas, chegamos a:
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas